quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O batuque na madrugada - Poema

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A noite já virou madrugada
No silêncio desta hora mansa
Posso ouvir claramente a batucada
Cujo rítmo meus ouvidos alcança

É um batuque que parece não cessar
Noite e dia ele se faz sempre ouvir
Leva minha alma a meditar
Tirar de meus lábios o sorrir

Quantas vezes esquecemos a oração
Nem lembramos que estamos em guerra
Perdemos o rítmo da intercessão
Mas a batucada na noite não encerra

Quão poucas vezes falamos do Senhor
Tão esporádico é nosso testemunhar
Como é raro sofrermos de outro a dor
Mas o batuque pagão parece não terminar.

A nossa oferta é quando muito anual
É mais sacrifício que alegre fluir
Não ajudamos os outros na senda celestial
Mas a dança do inferno não quer diminuir

Enquanto Missões é um Culto Especial
Algo para apenas, às vezes lembrar
Muitos correm risco de perdição eternal
E o tambor do feiticeiro continua sem findar

Se o rítmo do maligno é tão pertinaz
Não sejamos nós menos perseverantes
Pode o inimigo ser audaz
Sejamos então muito mais constantes

E se o Batuque da Madrugada Africana
Teima em não suster seu som
Respondamos com triunfal Hozana
Levando de Cristo o Precioso Dom!

Autor: Dr. Joed Venturini, médico-missionário, conferencista, escritor. Atuou como missionário por 18 anos em Portugal e Guiné Bissau.

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