segunda-feira, 15 de agosto de 2011

John Bunyan - Encontrando Deus docemente na prisão


Mártir Cristão é aquele que prefere morrer e passar por extrema provação do que negar a Cristo ou a Sua Obra; Sacrificar tudo que possa ser considerado muito importante pelo Reino de Deus; Suportar grande sofrimento pelo Testemunho Cristão


Mais conhecido por ter escrito O Peregrino, John Bunyan, era o filho de um humilde latoeiro (pessoa que conserta e fabrica panelas e chaleiras de metal). A primeira esposa de Bunyan, Mary, tinha dois livros de religião que eles gostavam de ler juntos e conversar sobre eles. Ele até começou a freqüentar a igreja junto com ela, antes dela morrer deixando-o com três filhos. Estes dois livros despertaram o interesse de Bunyan pelas coisas espirituais e ele começou a sentir-se atormentado pelos próprios pecados e a tentava de viver uma vida piedosa com as próprias forças. Depois de três anos, Bunyan finalmente voltou a sua vida para Deus.

Bunyan juntou-se a uma congregação Não-Conformista (1), onde teve reconhecido o seu dom de pregar, e passou a ministrar em público, ao mesmo tempo em que trabalhava como latoeiro para sustentar a família. Sua fama se espalhou. Mas, em 1660, quando Carlos II foi restituído ao trono, os Não Conformistas voltaram a ser perseguidos. Uma ordem de prisão foi decretada contra ele, e ele foi detido num dia em que estava começando uma reunião.

O juiz propôs liberar Bunyan se ele prometesse não pregar mais, mas Bunyan não aceitou. Ele disse que "continuaria na prisão até que crescesse musgo nas suas pálpebras, mas ele não ia desobedecer a Deus." (2) Ele foi acusado de promover um ajuntamento ilegal e condenado a seis anos na prisão de Bedford. Lá, ele leu a Bíblia na versão do Rei James e o Livro dos Mártires de John Foxe e pregava aos companheiros de prisão. Apesar de Bunyan ter abandonado a escola muito cedo na vida, ele estudou estes livros e começou a escrever.

Em 1666, Bunyan foi libertado para ser preso poucas semanas depois, por continuar pregando. Passou mais seis anos na prisão de Bedford, onde pôde continuar escrevendo. Foi solto em 1672, quando o Rei Carlos II suspendeu as leis contra os Não Conformistas. Bunyan então passou a ser bastante requisitado para pregar. Em 1675, Bunyan foi preso mais uma vez, quando o coração do rei se endureceu em relação aos Não Conformistas. Foi durante os seis meses seguintes que ele compôs o seu maior trabalho, O Peregrino.

Bunyan continuou a pregar até morrer em 1688. Com relação a ser preso e o tempo que passou na prisão, ele escreveu:
 ". . . pois eu tinha esperanças de que a minha prisão pudesse provocar o despertar dos santos no país. Só nessa questão que eu confio a coisa a Deus. E de fato na minha volta eu encontrei o meu Deus docemente na prisão." (3)
Hoje, muitos John Bunyans continuam a viver intrepidamente a sua fé nas nações restritas ao redor do mundo, recusando-se a negar a Cristo em troca da liberdade. Como Bunyan eles encontraram Deus "docemente na prisão".
1-Puritanos que se opunham às restrições religiosas impostas pela Igreja da Inglaterra.
2-70 Grandes Cristãos de Geoffrey Hanks (Grã Bretanha: Chirstian Focus Publications, 1992, p. 150).
3-The New Foxe’s Book of Martyrs de John Foxe, publicado por Harold Chadwick (North Brunswick, NJ: Bridge-Logos Publishers, 1997), p. 313.

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