A metade norte (a norte do rio Zambeze) é um grande planalto, com uma pequena planície costeira bordejada de recifes de coral e, no interior, limita com maciços montanhosos pertencentes ao sistema do Grande Vale do Rift. A metade sul é caracterizada por uma larga planície costeira de aluvião, coberta por savanas e cortada pelos vales de vários rios, entre os quais o mais importante é o rio Limpopo.
Moçambique está dividido em 11 províncias: Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Gaza, Inhambane e Maputo, mais a cidade de Maputo que tem estatuto de província e governador provincial.
As províncias estão divididas em 128 distritos, os distritos subdividem-se em postos administrativos e estes em localidades, o nível mais baixo da administração local do Estado.


Antes da independência (1975), a população total de Moçambique passou de 6 603 651, em 1960, para 8 168 933, em 1970.

À época da independência existia uma pequena comunidade chinesa de cerca de 4 000 pessoas, concentrada em Maputo e na Beira, dedicando-se sobretudo ao pequeno comércio. Os negros constituíam cerca de 98% da população. Os mestiços seriam cerca de 0,5% do total.

Clima - O clima do país é húmido e tropical com estações secas de Junho à Setembro. As temperaturas médias em Maputo variam entre os 13-24°C em Julho a 22-31°C em Fevereiro. O clima é tropical, influenciado pelo regime de monções do Índico e pela corrente quente do canal de Moçambique.

Norte e Centro: tropical húmido, tipo monçónico, com uma estação seca de quatro a seis meses.
Sul: Tropical seco, com uma estação seca de seis a nove meses.
Montanhas: Clima tropical de altitude


Por volta de 1600, Portugal começou a enviar para Moçambique colonos, muitos de origem indiana, que queriam fixar-se naquele território. Esses colonos, muitas vezes casavam com as filhas de chefes locais e estabeleciam linhagens que, entre o comércio e a agricultura, podiam tornar-se poderosas.
Em 1627, o Mwenemutapa Capranzina, hostil aos portugueses, foi deposto e substituído pelo seu tio Mavura; os portugueses batizaram-no e este declarou-se vassalo de Portugal.
Em 1878, Portugal decide fazer a concessão de grandes parcelas do território de Moçambique a companhias privadas que passaram a explorar a colónia, as companhias majestáticas, assim chamadas, porque tinham direitos quase soberanos sobre essas parcelas de território e seus habitantes. As principais foram a Companhia do Niassa e a Companhia de Moçambique.

* a nomeação de administradores para as circunscrições "indígenas", que passaram a organizar os seus pequenos exércitos de sipaios;
* os recenseamentos que determinavam a cobrança de impostos e a "venda" de mão-de-obra para as minas sul-africanas;
* a criação de "Tribunais Privativos dos Indígenas";
* a definição da Igreja Católica como principal força "civilizadora" dos indígenas, passando a ser a principal forma de educação.
Depois, com a nova constituição portuguesa em 1933, Salazar e os seus braços nas colonias transportaram para África (e Índia) a repressão mais brutal sobre os indígenas, ao mesmo tempo que incentivavam os seus cidadãos mais pobres a emigrarem para essas terras.

Em 1950 chegam a Moçambique 50.000 colonos, e há notícia de que em 1960 chegaram mais 90.000. Estes podem ser considerados fatores que favoreceram a difusão da língua portuguesa neste país. Ao abrigo deste investimento, em 1960 já tinham sido instaladas no colonato do Limpopo 1.400 famílias. Apenas na década de 1960 se deu início a alguma industrialização.

O artigo 9 da Constituição diz ainda: "O Estado valoriza as línguas nacionais como património cultural e educacional e promove o seu desenvolvimento e utilização crescente como línguas veiculares da nossa identidade". Em Moçambique foram identificadas diversas línguas nacionais, todas da grande família de línguas bantu, sendo as principais (de sul para norte): XiTsonga, XiChope, BiTonga, XiSena, XiShona, ciNyungwe, eChuwabo, eMacua, eKoti, eLomwe, ciNyanja, ciYao, XiMaconde e kiMwani.
Mercê da considerável comunidade asiática radicada em Moçambique, são também falados o urdu e o gujarati.

Principais produtos agrícolas: Algodão, Cana-de-açúcar, Castanha-de-caju, Copra (polpa do coco), Mandioca, Pecuária, Bovinos (1,9 milhões), Suínos (193 mil),
Ovinos (122 mil).
Pesca - A cifra oficial de capturas era de 30,2 mil toneladas em 1996. O camarão é um dos principais produtos de exportação.
Minérios - Os principais recursos minerais incluem carvão, sal, grafite, bauxita, ouro, pedras preciosas e semipreciosas. Possui também reservas de gás natural e mármore.
Indústria - É pouco desenvolvida, mas autossuficiente em tabaco e bebidas (cerveja). No ano 2000, foi inaugurada uma fundição de alumínio que aumentou o PIB em 500%. Para atrair investimentos estrangeiros, o governo criou os "corredores de desenvolvimento" de Maputo, Beira e Nacala, com acesso rodoviário, suprimento de energia elétrica, e com ligação por ferrovia até aos países vizinhos.
Turismo - O país tem um grande potencial turístico, destacando-se as praias e zonas propícias ao mergulho nos seus mais de dois mil km de litoral, e os parques e reservas da natureza no interior do país.
Religião: (dados 1980).
Religiões tribais 47,8%,
Cristianismo 38,9% (católicos 31,4%, outros cristãos 7,5%),
Islamismo 13%,
Outras 0,3%




"Portugal foi uma das últimas nações européias a sair da África. O governo português abandonou a colônia de Moçambique enquanto o feiticeiro Nguema estava no ápice de sua carreira. O governo Marxista da Frelimo (Frente de Liberação do Moçambique) tomou o poder e foi desafiado por um exército insurgente, chamado Renamo, patrocinado pela Rodésia. Em 1975, um conflito sangrento começou a se arrastar pelos anos noventa e custou quase um milhão de vidas africanas! Tanto as unidades militares Renamo quanto Frelimo possuíam muitos partidários da magia dentro de seus escalões. Guerreiros Renamo usaram curandeiros para preparar seus corpos com ervas antes de batalhas. Estas ervas deviam agir como um tipo de colete mágico à prova de balas para soldados. Quando a magia falhava, os guerreiros Renamo arrastavam os corpos de seus companheiros mortos para enterrá-los secretamente. Foi desta maneira que sua reputação de magia seria mantida para intimidar soldados da Frelimo. Às vezes, guerreiros Renamo eram levados à luta por um curandeiro abanando um rabo de cabra para transformar balas em água! Isto não é tão incrível quanto a crença dos insurgentes antigovernamentais de que certos ritos mágicos os faziam invisíveis para o inimigo. Um general Renamo, de acordo com documentos capturados, empregou até mesmo um ajudante para registrar milagres do campo de batalha. Este militar acreditava que espíritos ajudantes enganavam os soldados inimigos a atirar uns nos outros (Fonte)."



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