quarta-feira, 24 de setembro de 2008

"Deus, não há nenhum cristão que possa me ensinar a Bíblia?”

Loja da Sociedade Bíblica em Karachi

Uma fileira de portas simples está no final das estradas que são acessíveis somente a pé. Yacoob bateu de leve em uma delas. Momentos mais tarde, uma adolescente abriu a porta, falou com Yacoob em sussurros e convidou-o para ir à sua casa. Um grupo de cristãos do ocidente entrou com ele.

Garotas entre seis a doze anos moviam-se rapidamente na sala de estar, entusiasmadas com os visitantes. Elas eram filhas e sobrinhas de um homem cujo pai, um imame, o chamavam de Maomé. Os visitantes escutaram enquanto a sua estória se desdobrava.

Como um jovem homem, Maomé se tornou um estudante leigo do islamismo. Seu irmão se tornou um mullah, também chamado de um maulvi ou líder de mesquita. Após uma busca espiritual durante um longo período de vida, Maomé, de 35 anos, entregou sua vida pessoal a Jesus Cristo. Ele mudou seu nome para Christopher - "sofredor de Cristo" - e dedicou sua vida para expandir o Evangelho aos muçulmanos e outros que, como ele, tenham fome da Verdade.

Neste ínterim, seus parentes estavam lhe procurando. Quando ele contou ao seu pai da sua decisão de seguir a Cristo, seu pai o excluiu da família. Três dias mais tarde, seu pai faleceu de ataque cardíaco.

Sua sogra trouxe um apologista islâmico renomado na sua casa para convencê-lo a retornar para o islamismo. Durante seis horas, Christopher utilizou referências do Alcorão e da Bíblia para provar ao apologista as verdades de Cristo. Quando os irmãos de Christopher o visitaram e o encontraram firme na sua nova fé, eles disseram a Christopher que ele deveria morrer.

Então, ele se mudou com sua esposa e seus cinco filhos para longe de seus parentes.

Christopher é ousado no seu testemunho, que se estendeu aos seus colegas de trabalho no seu emprego público. Ele foi preso por ser converter ao cristianismo. Três meses mais tarde, ele foi milagrosamente liberto e, novamente, milagrosamente, lhe foi permitido manter seu emprego.

Ele compartilha o Evangelho onde vai e distribui cópias de um estudo comparativo da Bíblia e do Alcorão, um estudo que foi a chave para a sua própria conversão.

Christopher acredita que Deus lhe chamou quando ele era ainda muito jovem. Com sete anos, ele contou a sua tia que ele era um cristão, mesmo não conhecendo nenhum cristão, nunca havendo escutado sobre o Evangelho e não morando próximo de uma igreja.

Como estudante de oitava série, Christopher respondeu a um anúncio para um curso bíblico por correspondência, do qual ele completou. Contudo, seu irmão deteve o certificado de conclusão do curso, rasgou-o em pedaços e bateu nele.

Durante os anos seguintes, ele teve várias contatos com cristãos, incluindo um gari que compartilhou o Evangelho com ele e que solidificou o seu desejo de conhecer mais sobre o cristianismo.

Entretanto, um pastor temia tanto falar com um muçulmano sobre Cristo que quando Christopher lhe pediu para que ele lhe ensinasse sobre o cristianismo, o pastor simplesmente lhe presenteou com uma Bíblia, afirmou que ela o ensinaria e fechou a porta no rosto de Christopher.

Quando ele soube que um lojista que ele havia encontrado era cristão, pediu-lhe para conversar com um pastor que lhe ensinasse a Bíblia. O lojista adiou alguns dias antes de falar com Christopher. "Sinto muito, mas porque você é muçulmano, é perigoso conseguir um pastor para lhe ensinar", afirmou ele.

Desesperado, Christopher orou, "Oh, Deus, não há nenhum cristão que possa ensinar-me a Bíblia?".

Nove meses mais tarde, Christopher foi a uma loja de homeopatia para comprar remédio para sua esposa. Ele conversou com o senhor da farmácia a respeito de sua esposa. "Ele orou, me deu alguns medicamentos e abençoou-me da maneira que os cristãos fazem", afirmou Christopher. O homem recusou receber o dinheiro de Christopher em pagamento da medicação. Quando Christopher perguntou ao homem quem ele era, "Ele me falou que era um cristão e que amava seu Senhor Jesus Cristo", afirmou Christopher.

O homeopata encontrou um engenheiro chamado Pablo, que desejava ensinar a Bíblia a Christopher. Entretanto, seu debate detalhado a respeito do Filho de Deus não satisfez Christopher completamente. Então, Pablo lhe levou a uma igreja logo após este evento.

O tópico do sermão do pastor foi "Jesus Cristo é o Filho de Deus", do qual ele provou através da Bíblia, da história, do Alcorão e dos Ahadees (provérbios do profeta Maomé).

"Esta foi a primeira vez que eu escutei sobre este assunto com tanta lógica e com muita explicação", afirmou Christopher. "Esta foi a primeira vez que eu me convenci que Jesus Cristo é realmente o Filho de Deus".

Logo depois, Deus fortaleceu a convicção de Christopher com sinais sobrenaturais, incluindo uma luz brilhante que encheu seu quarto enquanto ele estudava o livro de Jeremias e a cura miraculosa de sua filha de uma alta febre que ameaçou a sua vida. Maria, que estava em casa com a criancinha enquanto Christopher estava na igreja, lhe informou o horário em que a febre da criança havia passado. Eles constataram que foi no exato momento que ele orou por cura.

Alguns meses mais tarde, Christopher foi batizado. Durante o curso dos três anos seguintes, a esposa de Christopher, onze membros de sua família e vários outros conhecidos entregaram suas vidas a Jesus através de seu testemunho.

Atualmente, Christopher é um pastor ordenado e evangelista. "Nós queremos fazer um ótimo trabalho para a glória de Deus entre os muçulmanos e os cristãos nominais. Aliado a isto, a família da minha esposa, a minha família e eu estamos nos sentindo inseguros diante destas circunstâncias", afirmou ele.

Muitas igrejas e líderes cristãos têm medo de ajudar a família por causa da severa sociedade islâmica do país. Um "acidente" poderia terminar com suas vidas e ministério. "Então, por favor, levante sua mão em oração ao Senhor por este valioso ministério e por estas preciosas pessoas de Deus", afirmou ele.

Quando questionada se a causa de Cristo valia o sofrimento e constante perigo, Maria afirmou, "Cristianismo significa perseguição. Nós não temos medo da morte porque Jesus nos ama. Nós estamos pregando Jesus porque nós acreditamos na vida eterna".

Ela adicionou, "Eu quero levar a mensagem da Cruz a outros muçulmanos, explicar-lhes as Escrituras Sagradas, e encorajar cristãos a alcançar mais mulçumanos".

Tradução: Daniela Mendonça
Fonte: Missão Portas Abertas
Paquistão: 15º no ranking Portas Abertas de Países perseguidores do Evangelho

2 comentários:

Prof. Francivaldo Jacinto disse...

Olá!

Fiquei muito emocionado e comovido ao ler esse texto. Como somos negligentes nas nossas orações. Vivemos em um país abençoado, onde temos toda liberdade para servir a Deus.
Mas, temos nos esquecidos dos milhares de mulçumanos que precisão ouvir acerca de Jesus. Sabemos o quanto cresceu o número dos adeptos do islamismo. Uma mentira que tem destruído vidas. Uma facção diabólica, onde o inimigo tem trabalhado constantemente destruindo vidas. Onde está o amor de Deus em nossas vidas?
Oremos a favor dos mulçumanos.
Estarei incluindo o seu blog na minha lista de favoritos. Pois gostei muito do perfil do mesmo, por está compromissado com a proclamação da palavra de Deus. O que vemos por aí é justamente o contrário, blogs "evangélicos" com conteúdo que só gera discursão e perda de tempo. Muitos não estão compromissados com a palavra de Deus. O único compromisso é querer aparecer. Eu não contribuo com blogs desse tipo. Será que Deus tem se agradado disso?

Fraternalmente.

Francivaldo Jacinto.

Solascriptura-pb.blogspot.com

Silvio Araujo disse...

Irmão Francivaldo, a paz do Senhor!
Agradeço sua participação e suas palavras. A Deus o louvor!

Realmente precisamos nos importar mais com Missões e missionários.

O amor de Deus não está restrito à bandeiras ou denominações e a tarefa é para a Igreja, o Corpo de Cristo aqui na terra. Todos nós somo comissionados a participar da forma como pudermos, especialmente falando, anunciando, pregrando.

Eu incluí seu link no outro blog que administro e gostei muito do conteúdo. É uma enciclopédia maravilhosa.

Deus o abençoe e visite mais vezes o Vede os Campos!

Silvio Araujo