A Comissão da Caridade, o órgão do governo britânico que registra e fiscaliza organizações de beneficência, determinou que o Jediísmo - a adoração da mitologia dos cavaleiros de Jedi da série de filmes "Guerra nas Estrelas" - não é uma religião.
A decisão afirma que "o Jediísmo não promove melhorias éticas ou morais" especificadas na legislação que regula esse tipo de instituição na Inglaterra e no País de Gales. Além disso, justifica que o movimento "não possuía os elementos espirituais e não seculares" que fundamentam uma religião.
Segundo o órgão, não há provas suficientes de que a "melhora moral" estaria no centro das convicções e práticas do Jediísmo, além de não haver "coerência, coesão ou seriedade", característicos de um verdadeiro sistema de crenças.
Para ser classificada como uma religião, esclarece a comissão, seria necessário comprovar os impactos positivos na sociedade em geral e, na percepção do órgão, o Jediísmo pode ter um foco interno, concentrado em seus próprios membros.
Dados do Censo de 2011 revelam que 177 mil pessoas se declaram jediístas quando questionadas sobre sua religião, o que a tornaria a sétima mais popular na região.
Tudo começou como uma resposta irônica de alguns ateus no Censo de 2001 do Reino Unido - a pergunta sobre crença religiosa foi incluída pela primeira vez naquele ano. Por causa disso, 390 mil pessoas se disseram "seguidoras da Força".
Reportagem BBC
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